Obra do impressionismo

IMPRESSIONISMO

"Embora o impressionismo não seja contemporâneo aos movimentos da Vanguarda europeia, (a primeira exposição foi em 1874) foi ele, sem dúvida, o movimento que abriu as portas da pintura para correntes modernistas, por isso a escolha desta estética para iniciar os trabalhos sobre o modernismo no Brasil."
O Impressionismo é um movimento artístico surgido na França no século XIX que criou uma nova visão conceitual da natureza utilizando pinceladas soltas dando ênfase na luz e no movimento. Geralmente as telas eram pintadas ao ar livre para que o pintor pudesse capturar melhor as nuances da luz e da natureza. A presença dos contrastes, da natureza, transparências luminosas, claridade das cores, sugestão de felicidade e de vida harmoniosa transparecem nas imagens criadas pelos impressionistas. A fonte das cores estava nos raios do sol. O movimento teve início em 1874 e a denominação Impressionismo foi dada a partir de uma declaração do crítico francês Louis Leroy ao ver a tela de Claude Monet, a Impression du soleil Levant. Pintando diretamente sobre a tela branca, utilizando somente cores puras justapostas, geralmente sem misturá-las, os impressionistas buscavam obter a vibração da luz.
Artistas que se destacam: Monet, Renoir, Degas, Manet.

Obra de Monet

Obra de Monet
Oscar-Claude Monet > Nasceu em Paris em 1840 e morreu em Giverny em 1926.

Obra de Degas

Obra de Degas
Edgar Hilaire Germain de Gas nasceu em Paris 1834 e morreu no mesmo em 1917.

Modernismo no Brasil - Artes Plásticas:Lasar Segall biografia e artes.

De família judia, Lasar Segall desde cedo manifestou interesse pelo desenho. Iniciou seus estudos em 1905, quando entrou para a Academia de Desenho de Vilnius, sua cidade natal. No ano seguinte, mudou-se para Berlim, passando a estudar na Academia Imperial de Berlim, durante cinco anos. Mudou-se, a seguir, para Dresden, estudando na Academia de Belas Artes.Em fins de 1912, Lasar Segall veio ao Brasil, encontrando-se com seus irmãos, que moravam aqui. Realizou suas primeiras exposições individuais em São Paulo e em Campinas, em 1913. Pela primeira vez o Brasil vinha a conhecer a arte expressionista europeia. Logo regressou à Europa, casando-se, em 1918, com Margarete Quack.Fundou, com um grupo de artistas, o movimento "Secessão de Dresden", em 1919, realizando, a seguir, diversas exposições na Europa.Segall mudou-se para o Brasil em 1923, dedicando-se, além da pintura, às artes decorativas. Criou a decoração do Baile Futurista, no Automóvel Clube de São Paulo, e os murais para o Pavilhão de Arte Moderna de Olívia Guedes Penteado.Já separado de sua primeira esposa, casou-se em 1925 com Jenny Klabin, com quem teve os filhos Maurício (que se casaria nos anos 50 com a atriz Beatriz de Toledo, posteriormente Beatriz Segall) e Oscar. Nessa época, passou a viver com a família em Paris, onde se dedicou também à escultura. Suas obras nessa fase remetem à atmosfera familiar e de intimidade.Em 1932, Segall retornou ao Brasil, instalando-se em São Paulo na casa projetada pelo arquiteto Gregori Warchavchik, seu cunhado. Essa casa abriga, atualmente, o Museu Lasar Segall. Nesse mesmo ano foi um dos criadores da SPAM - Sociedade Pró-Arte Moderna na capital paulista.Sua produção na década de 1930 incluiu uma série de paisagens de Campos do Jordão e retratos da pintora Lucy Citti Ferreira. Em 1938, Segall realizou os figurinos para o balé "Sonho de uma Noite de Verão", encenado no Teatro Municipal de São Paulo.Uma retrospectiva de sua obra no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, foi realizada em 1943. Nesse mesmo ano, foi publicado um álbum com textos de Mário de Andrade, Manuel Bandeira e Jorge de Lima.Em 1951, Segall realizou uma exposição no Museu de Arte de São Paulo. Três anos depois, criou os figurinos e cenários do balé "O Mandarim Maravilhoso".O Museu Nacional de Arte Moderna preparou uma grande retrospectiva de sua obra em 1957, em Paris. Lasar Segall morreu nesse mesmo ano, de problemas cardíacos, em sua casa, aos 66 anos.

Lasar Segall

Quando Lasar Segall desenhou Mario de Andrade

Literatura:Mario de Andrade

Nascido em São Paulo no ano de 1893, Mário Raul de Morais Andrade começou sua carreira artística dedicando-se à arte musical. Um dos principais participantes da Semana de Arte Moderna em 1922, respirou como ninguém os ares do novo movimento, vindo a publicar Paulicéia Desvairada (1922), o primeiro livro de poesias do Modernismo. A obra de Mário de Andrade é indispensável para se entender todas as faces da arte moderna pregada na Semana de 22, marco de nosso Modernismo, à que ela se estende desde a poesia até o romance e o conto, além de suas importantes teses sobre a literatura em nosso país. Em prosa, destaque para os dois romances de Mário de Andrade: Macunaíma (1928) e Amar, Verbo Intransitivo (1927). Em poesia, Há uma Gota de Sangue em Cada Poema (1917); Paulicéia Desvairada (1922).Morreu de ataque cardíaco.

M.A.> Ode ao Burguês

Eu insulto o burgês! O burguês-níquel,
o burguês-burguês!
A digestão bem feita de São Paulo!
O homem-curva! o homem-nádegas!
O homem que sendo francês, brasileiro, italiano,
é sempre um cauteloso pouco-a-pouco!
Eu insulto as aristocracias cautelosas!
os barões lampiões! os condes Joões! os duques zurros!
que vivem dentro de muros sem pulos,
e gemem sangues de alguns mil-réis fracos
para dizerem que as filhas da senhora falam o francês
e tocam os "Printemps" com as unhas!
Eu insulto o burguês-funesto!
O indigesto feijão com toucinho, dono das tradições!
Fora os que algarismam os amanhãs!
Olha a vida dos nossos setembros!
Fará Sol? Choverá? Arlequinal!
Mas à chuva dos rosais
o êxtase fará sempre Sol!
Morte à gordura!
Morte às adiposidades cerebrais
Morte ao burguês-mensal!
ao burguês-cinema! ao burguês-tílburi!
Padaria Suissa! Morte viva ao Adriano!
"_ Ai, filha, que te darei pelos teus anos?
_ Um colar... _ Conto e quinhentos!!!
Mas nós morremos de fome!"
Come! Come-te a ti mesmo, oh! gelatina pasma!
Oh! purée de batatas morais!
Oh! cabelos nas ventas! oh! carecas!
Ódio aos temperamentos regulares!
Ódio aos relógios musculares! Morte à infâmia!
Ódio à soma! Ódio aos secos e molhados!
Ódio aos sem desfalecimentos nem arrependimentos,
sempiternamente as mesmices convencionais!
De mãos nas costas! Marco eu o compasso! Eia!
Dois a dois! Primeira posição! Marcha!
Todos para a Central do meu rancor inebriante!
Ódio e insulto! Ódio e raiva! Ódio e mais ódio!
Morte ao burguês de giolhos,
cheirando religião e que não crê em Deus!
Ódio vermelho! Ódio fecundo! Ódio cíclico!
Ódio fundamento, sem perdão!
Fora! Fu! Fora o bom burguês!...

Macunaima

Obra de 1928, do escritor brasileiro Mário de Andrade, é considerado um dos grandes romances Modernistas do Brasil.
A personagem-título, um herói sem nenhum caráter (anti-herói), é um índio que representa o povo brasileiro, mostrando a atração pela cidade grande de São Paulo e pela máquina. A frase característica da personagem é "Ai, que preguiça!". Como no dialeto indígena o som "aique" significa "preguiça", Macunaíma seria duplamente preguiçoso. A parte inicial da obra assim o caracteriza: "No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite."
A obra é considerada um indianismo moderno e é escrita sob a ótica cômica. Critica o Romantismo, utiliza os mitos indígenas, as lendas, provérbios do povo brasileiro e registra alguns aspectos do folclore do país até então pouco conhecidos (rapsódia). O livro possui estrutura inovadora, não seguindo uma ordem cronológica (i.e. atemporal) e espacial. É uma obra surrealista, onde se encontra aspectos ilógicos, fantasiosos e lendas. Apresenta críticas implícitas à miscigenação étnica (raças) e religiosa (catolicismo, paganismo, candomblé) e uma critica maior à linguagem.
Em Macunaíma, Andrade tenta escrever um romance que represente o multi-culturalismo brasileiro. A obra valoriza as raízes brasileiras e a linguagem dos brasileiros, buscando aproximar a língua escrita ao modo de falar local. Mário de Andrade tinha uma idéia de uma "gramatiquinha" brasileira que desvincularia o português do Brasil do de Portugal, o que, segundo ele, vinha se desenrolando no país desde o Romantismo. Ao longo da obra são comuns as substituições de "se" por "si", "cuspe" por "guspe" entre outras.
No episódio "Carta pras Icamiabas", Andrade satiriza ainda mais o modo como a gramática manda escrever e como as pessoas efetivamente se comunicam. Aproveitando-se do artifício de uma carta escrita, Macunaíma escreve conforme a grafia arcaica de Portugal, explicitando a diferença das regras normativas arcaicas e da língua falada: "Ora sabereis que sua riqueza de expressão intelectual e tão prodigiosa, que falam numa língua e escrevem noutra".

Vídeo sobre o impressionismo e alguns artistas

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